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História do skate

O skate não tem uma data precisa de sua criação, porém foi na década de 1950, na Califórnia – EUA, que temos os seus primeiros registros. Nos tempos de poucas ondas, os surfistas californianos tiveram a ideia de colocar rodinhas de patins sobre uma prancha de madeira e utilizar nas ruas e ladeiras para surfar sobre o asfalto. Tanto que no início do esporte, ele era chamado de sidewalk surfing, isto é, surf de calçada. Somente na década de 1960 passou a ser conhecido como skateboard, o que, numa tradução literal para o português, seria “patins sobre prancha”, fazendo referência à origem das rodinhas utilizadas na época. 

Com a popularização da sua prática, logo veio o primeiro “boom” do skate nos Estados Unidos, acompanhado da sua primeira marca de comercialização, Roller Derby, uma tradicional empresa especializada na fabricação de patins.  Mas a grande evolução técnica do esporte aconteceu na década de 1970 com a invenção da roda de poliuretano que é utilizada até os dias atuais. Nesse momento, já existiam campeonatos e diversos skate parks espalhados por todo os Estados Unidos. Entretanto, no final da década, os inúmeros acidentes e os altos valores de indenização e seguros pagos pelos skates parks fizeram o mercado retrair, resultando no fechamento de diversas marcas especializadas.

Este novo cenário do skate norte-americano fez com que os praticantes da década de 1980 buscassem a construir suas próprias rampas de madeira, numa cultura do faça você mesmo, e também a utilizar a arquitetura das cidades como obstáculos para o uso do skate. É neste momento que o skate tem sua identidade ligada a filosofia da contra-cultura e de esporte rebelde. Esta apropriação diferente dos espaços públicos proporcionou o crescimento da modalidade street no skate. No final desta década a filosofia do skate também foi muito influenciada pela cultura hip-hop, o que acabou fortalecendo sua veia com as atividades urbanas.

A partir da década seguinte (1990) o skate passou por um contínuo processo de esportivização, o qual é marcado pela criação de competições com transmissão ao vivo pela TV e com comercialização de cotas de patrocínio. Um marco importante desta fase é o X-Games, competição de skate vertical organizado pela ESPN. Existe um novo posicionamento da imagem do praticante do skate que deixa de ser visto como um jovem rebelde pela população em geral para se tornar um atleta esportivo.

Em 2004 é criada a Associação Internacional de Skate (International Association of Skateboard Companies – IASC), órgão máximo na regulação das regras do skate mundial. Como estratégia de popularizar ainda mais o esporte, a Associação Internacional estabeleceu o dia 21 de junho como dia mundial do skate – “Go skate Day”. O ápice do skate como esporte se deu nos Jogos do Rio 2016, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que a modalidade faria parte do programa dos jogos seguintes, em Tóquio, no ano de 2020.

História da escalada

A escalada é um esporte que surgiu na segunda metade do século XIX, apesar de ser muito difícil traçar com certeza a sua origem, pois foi uma atividade fortemente difundida por diversos países. Afinal, a prática nasceu da necessidade humana de superar obstáculos da natureza.

A modalidade indoor, entretanto, surgiu quando entusiastas da escalada improvisaram maneiras de continuar praticando enquanto precisavam manter distância das paredes naturais, por questões meteorológicas.

Acredita-se que a primeira competição na rocha natural aconteceu no ano de 1985, na Itália, e um ano depois a primeira competição indoor, na França. Desde então, a popularidade do esporte só tem aumentado, se tornando mais comum por todo o mundo.

A escalada como esporte olimpico

O ápice foi a chegada ao patamar de esporte olímpico. Na sua estreia nos Jogos de Tóquio 2021, a escalada esportiva foi disputada no combinado de três modalidades: velocidade, boulder e guiada.

Velocidade (Speed)

Foto: Eddie Fowke/IFSC

A via é fixa entre as competições e o objetivo é chegar ao topo no menor tempo possível. Nas Olímpiadas foi utilizada uma parede de 15 metros e 5 graus negativos de inclinação, sendo que na fase eliminatória a disputa foi feita no duelo entre dois escaladores. Não é uma via muito difícil, mas que exige precisão, pois a maioria dos competidores tenta pular o maior número possível de agarras para economizar tempo.

Boulder

Foto: Eddie Fowke/IFSC
A parede varia de competição para competição, e a escalada é realizada por um competidor por vez, que tem 4 minutos para alcançar o topo com o menor número de tentativas possível. Essa modalidade preza pela estratégia e raciocínio rápido, pois o atleta só vê a via a ser percorrida na hora de começar a sua tentativa e, portanto, precisa formular sua estratégia na hora.

Guiada (Lead)

Foto: Lena Darella/olimpíadatododia

Semelhante à anterior, por se tratar de vias variáveis, ou seja,
o atleta só toma conhecimento na hora de tentar a sua subida. Entretanto, é uma modalidade que se assemelha mais à escalada em rocha, fazendo uso de cordas de segurança e o objetivo aqui é conseguir subir o mais alto dentro do tempo estimulado de seis minutos. Conforme o atleta chega mais alto, as vias são mais difíceis e complexas, porém nessa modalidade, pequenas quedas são aparadas pela corda, que é passada em pontos de proteção, o que permite que o atleta retorne para
a prova.

Infelizmente o Brasil não teve representante nesta edição dos jogos, mas a preparação já foi iniciada para nossos atletas estarem presentes nos Jogos de Paris 2024. O combinado das 3 modalidades, usado em Tóquio, deixa de existir naquele formato e entrou em cena uma nova configuração de competição, agora somente com Boulder
e Guiada. E você, já sonhou em ser um atleta de escalada?
Bora praticar no Clube da Escalada!